Ele nasceu em 28 de fevereiro de 1915, em Rees, na Renânia, Alemanha. Foi para o Campo de Concentração de Sachsenhausen e posteriormente a Dachau em 14 de dezembro de 1940. Na ocasião em que fora para Dachau já havia sido ordenado diácono e esperava sua ordenação sacerdotal.
O motivo da prisão de Leisner estava no dia do atentado contra Hitler em 1º de novembro de 1939. No sanatório em que se encontrava para se recuperar da tuberculose foi noticiado o atentado e ele ao saber que o Führer escapara ileso, murmurou: “Pena – que Führer não estivesse presente, então não teriam perecido tantas vidas” (Cesca.O. Castelo na Tormenta. Editora Pallotti. p.74).
Alguns simpatizantes do governo denunciam e chamado a depoimento foi considerado “cúmplice moral” do atentado. Foi encaminhado à cadeia de Friburgo e daí ao campo de concentração.
A Divina Providência cuidou que seu sonho se realizasse e que como luz que ilumina as trevas, sua ordenação fosse, no terror do campo de concentração, a certeza da presença e do amor de Deus. No dia 17 de dezembro de 1944, no domingo “Gaudete” do Advento, fora ordenado sacerdote pelo bispo D. Gabriel Piguet que também estava prisioneiro no campo. O neo-sacerdote Carlos Leisner, devido à grave tuberculose pode somente celebrar sua primeira e única S. Missa no dia 26 de dezembro, festa de Santo Estevão.
Foi retirado do campo de concentração em 4 de maio de 1945 e encaminhado ao sanatório de Planegg, mas sua saúde era irrecuperável e faleceu aos 12 de agosto, com 30 anos de idade.
O Pe. Carlos Leisner era da diocese de Münster e tornou-se mais um modelo de fidelidade e santidade para as comunidades sacerdotais da Obra de Schoenstatt.
Em 8 de Outubro de 1988, por ocasião de um encontro de jovens europeus, diante de 42.000 pessoas, em Estrasburgo, João Paulo II propôs Carlos Leisner como modelo para a juventude duma nova Europa. Foi beatificado pelo Venerável João Paulo II aos 23 de Junho de 1996, no estádio olímpico de Munique. É este o primeiro membro do Movimento de Schoenstatt a ser elevado às honras dos altares.
Sua memória litúrgica celebra-se no dia mesmo de sua morte, 12 de agosto.
“Se Deus se compadecer de mim e me deixar subir ao seu altar, então é graça e nada mais que pura graça. Permanecer no Amor! Ele arde em altas chamas dentro de mim. Senhor não as deixe esfriar jamais” – Pe. Carlos Leisner. (Blank. Johannes. Cristo, Minha Grande Paixão. Trad.: Frei Wenceslau Scheper, OFM. Ed. Ave-Maria. p. 49).
http://isds-brasil.blogspot.com.br/p/bem-aventurado-carlos-leisner.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário