São Tarcísio
245-257
Tarcísio
foi um mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição do
imperador Valeriano, em Roma, Itália. A Igreja de Roma contava, então, com cinqüenta
sacerdotes, sete diáconos e mais ou menos cinqüenta mil fiéis no centro da
cidade imperial. Ele era um dos integrantes dessa comunidade cristã romana,
quase toda dizimada pela fúria sangrenta daquele imperador.
Tarcísio era acólito do papa Xisto II, ou seja,
era coroinha na igreja, servindo ao altar nos serviços secundários,
acompanhando o santo papa na celebração eucarística.
Durante o período das perseguições, os cristãos
eram presos, processados e condenados a morrer pelo martírio. Nas prisões, eles
desejavam receber o conforto final da eucaristia. Mas era impossível entrar.
Numa das tentativas, dois diáconos, Felicíssimo e Agapito, foram identificados
como cristãos e brutalmente sacrificados. O papa Xisto II queria levar o Pão
sagrado a mais um grupo de mártires que esperavam a execução, mas não sabia
como.
Foi quando Tarcísio pediu ao santo papa que o
deixasse tentar, pois não entregaria as hóstias a nenhum pagão. Ele tinha doze
anos de idade. Comovido, o papa Xisto II abençoou-o e deu-lhe uma caixinha de
prata com as hóstias. Mas Tarcísio não conseguiu chegar à cadeia. No caminho,
foi identificado e, como se recusou a dizer e entregar o que portava, foi
abatido e apedrejado até morrer. Depois de morto, foi revistado e nada acharam
do sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, simpatizante
dos cristãos, que o levou às catacumbas, onde foi sepultado.
Essas informações são as únicas existentes sobre o
pequeno acólito Tarcísio. Foi o papa Dâmaso quem mandou colocar na sua sepultura
uma inscrição com a data de sua morte: 15 de agosto de 257.
Tarcísio foi, primeiramente, sepultado junto com o
papa Stefano nas catacumbas de Calisto, em Roma. No ano 767, o papa Paulo I
determinou que seu corpo fosse transferido para o Vaticano, para a basílica de
São Silvestre, e colocado ao lado dos outros mártires. Mas em 1596 seu corpo
foi transferido e colocado definitivamente embaixo do altar principal daquela
mesma basílica.
A basílica de São Silvestre é a mais solene do
Vaticano. Nela, todos os papas iniciam e terminam seus pontificados. Sem
dúvida, o lugar mais apropriado para o comovente protetor da eucaristia: o
mártir e acólito Tarcísio. Ele foi declarado Padroeiro dos Coroinhas ou
Acólitos, que servem ao altar e ajudam na celebração eucarística.
Fontes: Paulinas e Catolicanet em 2013
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